Agência Senado
A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) é relatora da CPI do Tráfico de Pessoas. Segundo ela, a Comissão Parlamentar de Inquérito não vai medir esforços para investigar as atividades de recrutamento de modelos pela internet.
O roteiro de investigações- que tem como objetivo apurar suposto envolvimento de agências de modelo na prostituição de mulheres- deve ser traçado na semana que vem, com o apoio de dois policiais federais, que assessoram os trabalhos da Comissão.
A SaferNet Brasil recebeu denúncias anônimas de cerca de 700 sites de recrutamento de modelo- que não têm endereço fixo, mas só operam pela internet- segundo Thiago Tavares de Oliveira, que participou nesta terça-feira, de audiência realizada pela CPI.
“Já temos contas de email suspeitas de serem usadas pelas supostas agências para aliciar jovens tanto para o tráfico interno quanto internacional associado à exploração sexual - disse o presidente da Safernet à Agência Senado.
O simples preenchimento dos anúncios na internet com o código “ficha rocha”, que as agências costumam usar para o recrutamento de modelos para eventos variados era o “passaporte” para colocar as pessoas interessadas à disposição de programas sexuais.
A sugestão de Thiago Oliveira à relatora da CPI foi investigar os anunciantes e os sites que usam da má fé para enganar as pessoas e inclusive, solicitar a quebra dos sigilos temáticos para que os aliciadores sejam identificados.
A SaferNet Brasil é uma associação civil sem fins lucrativos e sem vinculação político-partidária, religiosa ou racial, fundada em dezembro de 2005, e que colaborou com os trabalhos da CPI da Pedofilia do Senado.
A SaferNet Brasil criou a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, que é operada em parceria com o Ministério Público Federal desde 2006.
Acesse: www.denunciar.org.br
CPI
A criação da CPI foi proposta pela senadora Marinor Brito, mostrando que o tráfico de pessoas é uma das atividades ilegais mais lucrativas do mundo.
Uma movimentação de US$ 32 bilhões, por ano, e cerca de 2,5 milhões de pessoas “reféns” da máfia, que segundo requerimento da senadora, viola os direitos humanos, envolve exploração sexual e de mão de obra escrava e até tráfico de órgãos.
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