Angélica Ivo faz da morte do filho, uma luta diária contra a homofobia
Beto Oliveira
Angélica Ivo pede aprovação do PLC 122/06
Não a conheço pessoalmente, mas admiro a sua luta, coragem e perseverança....
Angélica Ivo, uma mãe como muitas, que perdeu o filho aos 14 anos para a homofobia.
Alexandre Thomé Ivo Rajão foi seqüestrado, torturado e estrangulado por três homens, no dia 21 de junho do ano passado, no Jardim Califórnia, em São Gonçalo (RJ).
Um deles chegou a admitir à polícia que era “simpatizante” do movimento skinhead, que prega o ódio aos negros, a xenofobia, a homofobia e cultiva ideologias neonazistas.
Os assassinos foram presos provisoriamente, mas respondem ao processo em liberdade para a indignação da sociedade brasileira.
O assassinato de Alexandre tem levado Angélica a uma luta constante pela aprovação do PLC 122/06, que criminaliza a homofobia, a discriminação contra idosos e pessoas com deficiência, em análise na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado.
Durante o 8º Seminário LGBT realizado nesta terça-feira, na Câmara dos Deputados, Angélica fez um apelo aos parlamentares.
“É assim que vamos fazer justiça ao Alexandre Ivo. Espero que os senadores não se omitam em votar o projeto, para que mães como eu não tenham de chorar a perda de seus filhos por crimes de ódio”, afirmou.
Abaixo-assinado
A presidente em exercício da Câmara, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) e a 1ª vice-presidente do Senado, senadora Marta Suplicy (PT-SP) que é relatora do PLC 122/06 no Senado receberam do presidente da ABLGT, Toni Reis, um abaixo-assinado com cerca de 100 mil assinaturas em apoio ao projeto de lei da Câmara Federal.
Aprovado na Comissão de Direitos Humanos, o projeto segue para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania e para o Plenário do Senado.
Angélica Ivo participa da II Marcha contra a Homofobia, que acontece nesta quarta-feira em Brasília.
Segundo Toni Reis, a intenção é reunir cerca de 30 mil pessoas no evento que começa às 9 horas, em frente à Catedral.
Os militantes vão se reunir em frente ao Congresso e, às 13h30 promovem “um abraço afetivo” ao Supremo Tribunal Federal, que reconheceu a união estável das pessoas do mesmo sexo.
“Reivindicamos também a efetivação do Plano Nacional contra a Homofobia”, enfatizou o presidente da ABGLT.
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