quarta-feira, 4 de maio de 2011

Conselho de Ética aguarda perícia do vídeo sobre caso Jaqueline Roriz

                                           Leonardo Prado
Dep. Carlos Sampaio (PSDB-SP)

      A perícia do vídeo que mostra a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) ao lado do marido, Manoel Costa de Oliveira Neto recebendo R$ 50 mil, do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa, em 2006 deve ser entregue hoje ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, segundo informações do relator do processo, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
     O material foi solicitado em abril ao ministro Joaquim Barbosa, relator do inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal contra a deputada. Ele autorizou o compartilhamento do vídeo com a Câmara a pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Durval
     O Conselho de Ética chegou a marcar o depoimento de Durval Barbosa, como testemunha no processo no caso Jaqueline Roriz, mas cancelou em seguida, após ter recebido uma carta do delator do mensalão do DEM, alegando “movimentação de parlamentares” para constrangê-lo, principalmente, dos citados em depoimentos, que estariam direta ou indiretamente envolvidos com as denúncias na Operação Caixa de Pandora, desencadeada pela Polícia Federal, em 2009.
      Jaqueline Roriz é acusada de crime contra a administração pública no Supremo e investigada pela Corregedoria da Câmara, além de responder processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética, em razão do vídeo de 2006 e de denúncia de suposto uso da verba indenizatória da Casa para pagar despesas de uma sala do marido, Manoel Neto.
Relator
     A intenção do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) é começar a analisar cerca de duas mil páginas referentes ao caso, após receber a perícia do vídeo e apresentar o relatório até o dia 30 de maio, após ouvir as testemunhas.
Testemunhas
     O Conselho de Ética se reúne no início da tarde. A expectativa é que vote o requerimento do deputado Ricardo Izar (PV-SP) que convida Manoel Neto a prestar esclarecimentos sobre o caso.
     Vale lembrar, que o Conselho de Ética não tem o mesmo poder de uma Comissão Parlamentar de Inquérito em que as testemunhas são convocadas e não obrigadas a depor.

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