quinta-feira, 5 de maio de 2011

União estável de homossexuais é reconhecida pelo Supremo, mas divide a Câmara

  Impressionante...
  O reflexo da decisão do Supremo Tribunal Federal, que reconheceu, por unanimidade, nesta quinta-feira, a união estável de homossexuais no país.
  Festa para os casais do mesmo sexo, que vão poder desfrutar dos direitos dos casais heterossexuais, como pensão alimentícia, adoção, herança, plano de saúde, e outros benefícios.
 Que o diga, o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, Toni Reis, que vive com seu parceiro há 21 anos.
  "O amor venceu. A decisão do STF por 10 votos a zero, lavou a nossa alma”, disse.

                                                                                                  Brizza Cavalcante
  Toni Reis, presidente da Associação de LGBT 
  A expectativa de Toni Reis é que o Congresso saia da inércia e interprete o princípio da dignidade humana, assegurado na Constituição Brasileira. 
  Mas o assunto continua dividindo a Câmara Federal, que representa o povo brasileiro. 
 Muitos parlamentares criticaram a decisão do STF sobre um tema que não foi regulamentado por lei, cujo papel cabe ao Congresso.
 O deputado João Campos (PSDB-GO), que coordena a Frente Parlamentar Evangélica, foi um deles.
 Ele assegurou que apenas o Legislativo pode alterar o texto constitucional, que define de forma clara a união estável entre um homem e uma mulher.
 Em entrevista à rádio Câmara, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) falou em avanços no campo cultural, com o reconhecimento da união estável dos homossexuais no país, no Supremo.
  "Acho que o impacto é maior do que a própria criminalização da homofobia. É isso que transforma mais a sociedade. Garantir e assegurar o acesso no campo do direito e não necessariamente a igualdade no campo social, porque um preço que se paga por uma sociedade plural é uma certa discriminação social. Essa sempre vai haver", disse o coordenador da Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT.
  A CNBB também se pronunciou sobre o assunto. A Confederação admitiu ter ressalvas à decisão do STF.
  Em entrevista coletiva, o bispo auxiliar de Belo Horizonte, dom Joaquim Guimarães, admitiu que a preocupação da Igreja é com a família e não os direitos econômicos ou a repartição de bens aos casais homoafetivos.
  Com certeza, essa discussão ainda vai longe...

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