A Esplanada dos Ministérios volta a ser o centro das atenções. Desta vez para a Marcha da Família convocada pelo pastor da Assembleia de Deus, Silas Malafaia e acatada por vários ministérios cristãos.
A CNBB não vai participar da Marcha, segundo informou o Pe. Geraldo Martins, da assessoria de imprensa da entidade ao blog “Mulheres em Foco”.
Segundo ele, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil já se pronunciou sobre a decisão do STF quanto à união estável entre pessoas do mesmo sexo.
Em nota divulgada na 49ª Assembleia Geral da CNBB, em maio, em Aparecida (SP), os Bispos do Brasil reafirmaram o princípio da instituição familiar, do matrimônio natural entre o homem e a mulher, bem como a família monogâmica, que constituem um princípio fundamental do Direito Natural.
A nota dizia ainda que equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo à família descaracteriza a sua identidade e ameaça a estabilidade da mesma.
No entanto, a CNBB defendeu o respeito e consideração às pessoas que sentem atração sexual exclusiva ou predominante pelo mesmo sexo.
"É atribuição do Congresso Nacional propor e votar leis, cabendo ao governo garanti-las. Preocupa-nos ver os poderes constituídos ultrapassarem os limites de sua competência, como aconteceu com a recente decisão do Supremo Tribunal Federal. Não é a primeira vez que no Brasil acontecem conflitos dessa natureza que comprometem a ética na política. Assim, motivados pelo documento de Aparecida, propomo-nos a renovar o nosso empenho por uma Pastoral Familiar intensa e vigorosa”, finaliza a nota da CNBB.
A Marcha da Família é contrária à união estável homoafetiva aprovada pelo Supremo Tribunal Federal. Parlamentares da Frente Evangélica protocolaram o PDL 224 que susta a decisão do Supremo.
Ela também está "de olho" no PLC 122 que pune a discriminação ou o preconceito à homofobia, a pessoa idosa ou com deficiência. A matéria está tramitando no Senado Federal.
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