Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Gleisi Hoffmann é a décima ministra do governo Dilma. Aos 45 anos, a senadora licenciada do PT gaúcho e atual ministra-chefe da Casa Civil tem um desafio grande pela frente, principalmente após o desgaste do Planalto com o caso Palocci.
Ainda sob o impacto do convite da presidenta Dilma para substituir Palocci, numa pasta estratégica, de coordenação política do governo, Gleisi Hoffmann prometeu, na primeira entrevista à imprensa, atuar com o perfil de gestora e técnica, alegando que “temos um projeto de transformação deste país.”
“O desafio é muito grande. Vou trabalhar para que possa entregar a ela [presidenta Dilma Rousseff] o produto que ela quer do meu trabalho. Aceitei o convite sabendo do tamanho da minha responsabilidade", disse.
Durante discurso de despedida no plenário do Senado, Gleisi Hoffmann evitou falar sobre o ex-ministro Palocci e a crise que o levou a pedir demissão ontem à presidenta Dilma.
Hoffmann agradeceu a convivência na Casa, no período de quatro meses. Citou alguns parlamentares governistas e admitiu uma convivência democrática com a oposição.
Como ministra espera manter a “convivência respeitosa” com os parlamentares no Senado, disposta a ouvir e construir consensos.
Agradeceu a confiança da presidenta Dilma e pediu "crédito" aos parlamentares. “Peço ao Senado, ao Congresso, o apoio e companheirismo para desenvolver essa nova tarefa. A Deus, sabedoria para exercê-la”, disse.
Em seguida, Gleisi Hoffmann foi empossada no Salão Oeste, no Palácio do Planalto, sob o olhar atento de Dilma, dos novos colegas, do marido Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, de convidados e da imprensa.
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Palocci
Abatida, a presidenta Dilma evitou fazer referência à crise que envolve Antônio Palocci. Lembrou apenas da relação pessoal construída com ele, na campanha presidencial, em 2010 e mandou um recado aos oposicionistas, que insistem em investigar a evolução patrimonial do ex-ministro.
"Jamais ficaremos paralisados diante de embates políticos. Sabemos travar e ao mesmo tempo governar. Temos programas a executar e vamos com rigor e dedicação. O meu governo tem metas e vai alcançá-las".
Dilma Rousseff pediu empenho da nova ministra-chefe da Casa Civil, na agenda do governo.
"Nossos compromissos são ousados, temos que controlar a inflação, garantir rigidez fiscal, criar mais empregos, investir pesadamente na educação. Assegurar que um país rico é um país sem miséria. Nesse inicio de governo já lançamos programas fundamentais".
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