Imagens: SDH
A ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes está perplexa com o número de homossexuais assassinados anualmente no Brasil.
A expectativa da ministra é que a situação mude até a realização da II Conferência Nacional LGBT (Lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) em dezembro.
Em entrevista à Agência Brasil, Maria do Rosário admitiu a necessidade de reduzir o preconceito e a violência contra os homossexuais e enfrentar a homofobia.
“O país ainda precisa fazer uma grande investida contra manifestações preconceituosas que, muitas vezes, acabam por levar ao assassinato de homossexuais e à impunidade dos criminosos”, afirmou.
Segundo relatório divulgado ontem pelo Grupo Gay da Bahia, o Brasil é o país com mais crimes homofóbicos do mundo. O estudo foi iniciado na década de 80 pelo antropólogo, doutor em sociologia e pesquisador Luiz Mott.
A cada ano, a situação se agrava. Só no ano passado, 260 gays, travestis e lésbicas foram assassinados no país. As vítimas são mortas a tiros, por espancamento ou pedrada, sufocadas ou enforcadas.
O Grupo Gay da Bahia cobrou providências da Secretaria Especial de Direitos Humanos e admitiu enviar denúncia contra o Governo Brasileiro junto à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA e da ONU, pelo crime de prevaricação e lesa humanidade contra os homossexuais.
A ministra Maria do Rosário quer dialogar com o Grupo que reclama da não implementação do que foi acordado na I Conferência Nacional GLBT, no Programa Brasil Sem Homofobia e no Programa Nacional de Direitos Humanos.
Informações:
http://www.direitoshumanos.gov.br/
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