sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ministra diz que campanha “Igualdade Racial é para valer” e pede firmeza à Câmara no caso Bolsonaro

                                                                                                           Imagens: Seppir
Secretaria convoca sociedade para o combate ao racismo
 com o slogan "Igualdade Racial é pra Valer "

      A ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, apresentou a campanha “Igualdade Racial é para valer” durante o Programa “Bom dia, Ministro”, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), nesta sexta-feira.
     Lançada pela Secretaria, neste mês, a campanha “Igualdade Racial é para valer” reforça o Estatuto da Igualdade Racial aprovado e sancionado pelo ex-presidente Lula, em 2010, e busca a redução dos altos índices de homicídio contra a população negra, principalmente os jovens.
     Questionada pela imprensa sobre as declarações do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) à cantora Preta Gil, durante um programa de TV, na última segunda-feira, dia 28, a ministra Luiza Bairros foi categórica.
    "Espero que a Câmara dos Deputados, que está tratando do caso, aja com a firmeza que a sociedade espera. Da maneira como as coisas estão sendo encaminhadas, é bem provável que ele seja interpelado através da Comissão de Ética da Câmara. Não podemos mais admitir declarações tão explicitamente racistas como essas que foram dadas”, afirmou.
     Durante o programa de TV, a cantora Preta Gil perguntou ao deputado Jair Bolsonaro o que faria se o filho dele se apaixonasse por uma negra.  Ele respondeu: “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco, e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu.”.
     A resposta rendeu ao deputado fluminense várias representações na Corregedoria da Câmara, que vai analisar se houve ou não falta de decoro parlamentar.
     Ao tentar justificar a resposta dada à cantora Preta Gil- que prometeu processá-lo por racismo-, Jair Bolsonaro disse que não quis ofender a filha do ex-ministro e compositor Gilberto Gil, e que não tinha entendido a pergunta. 
   “O que entendi na pergunta, foi o que você faria se seu filho tivesse relacionamento com um gay. Por isso respondi daquela maneira. Não sou racista. Apesar de não aprovar o comportamento da Preta Gil, não responderia daquela maneira.", disse Bolsonaro, ao site G1.
     O deputado afirmou não ter medo de perder o mandato por causa das declarações contra negros e homossexuais. Bolsonaro vai ser notificado e terá cinco dias úteis para apresentar sua defesa, assim que as representações forem analisadas pelo corregedor da Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE).

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