quinta-feira, 10 de março de 2011

Senadora petista pede apoio para projetos que beneficiam mulheres

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) é autora do PLS 49/11 que altera a Lei 9.099, de 26 de setembro de 1995, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais.

Na verdade, a parlamentar defende a alteração do artigo 89 da Lei 9.099, que diz o seguinte:

Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).

Com a alteração do artigo 89, a expectativa da senadora é que prevaleça o artigo 41 da Lei Maria da Penha sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em agosto de 2006. Esse é o teor do artigo:

Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei 9.099, de 26 de setembro de 1995.

A aprovação do projeto foi defendida pela senadora petista durante sessão em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, 8 de março.

O PLS 49/11 foi proposto após decisão da 6ª Turma do STF de suspender condicionalmente os processos envolvendo a Lei Maria da Penha, segundo o site de Hoffmann.

— É justamente contra esse entendimento que apresentamos o projeto, porque ele pretende clarificar, na própria Lei dos Juizados Especiais, a impossibilidade de suspensão de penas privativas de liberdade aplicadas no âmbito da Lei Maria da Penha — afirmou.

A expectativa de Gleisi Hoffmann é que até o dia 17 de março seja votado o PLS 49/11, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, cuja relatora é Marta Suplicy (PT-SP).  

Outro projeto
A senadora também pediu apoio da Casa para aprovar outro projeto de sua autoria: o PRS 6/11, que cria o Comitê de Defesa da Mulher contra Assédio Moral ou Sexual, no âmbito do Senado.

A proposta modifica o capítulo 8 do Código de Ética e prevê a criação do Comitê de Defesa da Mulher composto por três senadoras, a fim de resguardar o sigilo da denunciante e do denunciado, evitando o constrangimento para ambos.

 A intenção de Hoffmann é fazer do ambiente de trabalho do Senado um exemplo para todas as casas legislativas do país.

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