Elton Bomfim
A expectativa é grande. Afinal de contas, o advogado Eduardo Alckmin deve entregar nesta terça-feira ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, a defesa de Jaqueline Roriz (PMN-DF), acusada de receber o suposto mensalão do DEM, na campanha eleitoral de 2006.
O protagonista do escândalo é nada mais, nada menos que o ex-secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal, Durval Barbosa, que derrubou o ex-governador José Roberto Arruda.
Jaqueline Roriz não conseguiu explicar o vídeo em que aparece ao lado do marido, Manoel Neto, recebendo R$ 50 mil reais de Durval Barbosa.
Pelo contrário, em nota, alegou ter estado algumas vezes no escritório de Durval, a pedido dele, para “receber recursos financeiros para a campanha distrital, que não foram devidamente contabilizados na prestação de contas da campanha”.
Por conta das denúncias, Jaqueline Roriz- que está de licença médica desde o dia 14 de março- responde a processo disciplinar no Conselho de Ética e é investigada pela Corregedoria da Câmara.
Conselho de Ética
A estratégia é antecipar a defesa da deputada, que deveria acontecer em cinco sessões ordinárias após ser notificada pelo Conselho de Ética.
O advogado Eduardo Alckmin, questiona, por exemplo, a representação do PSol contra Jaqueline Roriz, no Conselho de Ética, já que as denúncias aconteceram quando era candidata a deputada distrital.
Alckmin não descarta recorrer ao Poder Judiciário contra o recebimento da representação do PSol pelo Conselho de Ética e alega não ter sido informado sobre o aditamento ao processo contra Jaqueline Roriz.
O PSol pede ao Conselho que investigue denúncia contra Jaqueline Roriz pelo uso indevido da verba de gabinete da parlamentar.
Segundo denúncia publicada na imprensa, a deputada pagou R$ 1.120,74 de aluguel pelo condomínio de uma sala comercial, em Brasília, que pertence a seu marido, Manoel Neto.
Corregedoria
O advogado já solicitou à Corregedoria da Câmara, o pedido de arquivamento da investigação contra a deputada Jaqueline Roriz.
Para ele, não há sentido a Corregedoria continuar investigando, se a deputada já responde a processo disciplinar no Conselho de Ética.
O pedido de arquivamento vai ser analisado pelo Corregedor da Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE).
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