sábado, 8 de outubro de 2011

Petistas se solidarizam com ministra contra banalização da mulher

A deputadas petistas Benedita da Silva (RJ), Érika Kokay (DF), Janete Rocha Pietá (SP) e Luci Choinacki (SC) saíram em defesa da ministra da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres, Iriny Lopes, que vem sendo mal interpretada por alguns setores da mídia, por se manifestar contra todas as formas de banalização da condição da mulher.

As críticas aconteceram após pedido de suspensão da propaganda de lingerie com a modelo Gisele Bündchen. E, ainda, depois do apoio da ministra ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo, insatisfeito com a repercussão de um quadro humorístico veiculado em rede de televisão, que banaliza o assédio sexual, problema enfrentado com frequência por mulheres que utilizam o transporte público coletivo, segundo a categoria.

Na opinião de Benedita da Silva "estão tentando criar uma situação constrangedora" para a ministra, que tem desempenhado um papel fundamental para as políticas públicas para as mulheres."Os que criticam a postura de Iriny Lopes, acabam desvirtuando o papel da mulher e suas conquistas na sociedade. Não tem nada a ver com o nu artístico ou censura. É questão de leitura, de não ver a mulher apenas como objeto de desejo sexual", ponderou.

Para Erika Kokay, "a tendência é naturalizar esteriótipos. Da mulher como objeto de desejo sexual e vítima da violência doméstica.  A opressão e o poder midiático ferem o compromisso republicano", disse.

Janete Rocha Pietá, que coordena a bancada feminina na Câmara enfatizou a forma de tratar uma questão séria sob o ponto de vista humorístico. Segundo ela, é preciso "mudar o conceito de mídia no país".

Esclarecimentos
A Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres esclarece que em nenhum momento dirigiu qualquer solicitação à emissora de TV, para a retirada do ar de um dos quadros de humor do programa. E reafirmou a importância do debate nos meios de comunicação de massa, instrumentos de formação da sociedade.

A Secretaria negou ainda qualquer interferência da ministra Iriny Lopes ao sugerir a divulgação da Rede de Atendimento à Mulher e o Ligue 180 ao autor de uma novela da mesma emissora de televisão, que aborda o tema da violência doméstica.



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