Muito interessante, a discussão sobre o projeto de autoria do deputado Vicentinho (PT-SP), que estabelece mecanismos de incentivo para a produção, publicação e distribuição de revistas em quadrinhos nacionais. O debate aconteceu nesta quinta (27), na Comissão de Cultura e Educação da Câmara.
Segundo o deputado, a proposta valoriza a cultura, história e promove a geração de empregos no País. " Não queremos votar o projeto de olho nas próximas eleições, e sim, nas gerações. Defendemos as revistas em quadrinhos nacionais com a cultura da paz, solidariedade e heróis brasileiros", afirmou.
Rui Costa (PT-BA) é o relator do projeto (PL 6060/09). Em busca de sugestões para aprimorar a proposta, o deputado já agendou uma reunião de trabalho para a segunda semana de novembro, em São Paulo. O encontro será com representantes da Associação Nacional de Editores de Revista (Aner) e a Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB).
"A minha intenção é garantir a cultura nacional com a viabilidade econômica das editoras. Quem sabe, conseguiremos ultrapassar a cota de 20 por cento para a publicação de histórias em quadrinhos de origem nacional proposta pelo deputado Vicentinho? Ultrapassar a cota, não mais pela obrigação da lei, mas pela conquista do mercado pelos cartunistas brasileiros seria ideal", destacou.
A proposta de Vicentinho estipula o percentual de títulos e lançamentos de quadrinhos de origem nacional. No primeiro ano de vigência da lei seria de cinco por cento; no segundo, dez por cento; no terceiro, quinze por cento e no quarto ano, a cota de vinte por cento.
A exigência de uma cota de publicação de histórias em quadrinhos nacionais é motivo de polêmica. Para o representante da Associação Nacional de Editores de Revista (Aner), Tallis Arruda, o incentivo deve ser aplaudido, o problema é a exclusão e a obrigatoriedade.
A exigência de uma cota de publicação de histórias em quadrinhos nacionais é motivo de polêmica. Para o representante da Associação Nacional de Editores de Revista (Aner), Tallis Arruda, o incentivo deve ser aplaudido, o problema é a exclusão e a obrigatoriedade.
"Fixar uma cota de 20% para quadrinhos é excessivo para as editoras que tem gastos com a publicação, integração digital e ações de marketing. O melhor incentivo seria o fiscal e o vale cultura que contemplaria os quadrinhos nos pontos de venda, como as bancas de jornal", argumentou.
A cota foi defendida pelo presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB), José Alberto Lovetro. Segundo ele, "a lei é importante para garantir um acordo de mercado nas duas pontas: produção dos desenhistas e artistas gráficos e as editoras e jornais que publicam, editam e distribuem o material. Sem acordo, o mercado nacional de quadrinhos que é de qualidade, não cresce e todos saem perdendo", ressaltou.
Além de ser um fator paradidático nas escolas, na formação do leitor e ser um produto mais barato do que os games, os quadrinhos já premiaram internacionalmente vários autores nacionais, entre eles, Henfil, Ziraldo, Jaguar, Maurício de Souza e Angeli.
A cota foi defendida pelo presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB), José Alberto Lovetro. Segundo ele, "a lei é importante para garantir um acordo de mercado nas duas pontas: produção dos desenhistas e artistas gráficos e as editoras e jornais que publicam, editam e distribuem o material. Sem acordo, o mercado nacional de quadrinhos que é de qualidade, não cresce e todos saem perdendo", ressaltou.
Além de ser um fator paradidático nas escolas, na formação do leitor e ser um produto mais barato do que os games, os quadrinhos já premiaram internacionalmente vários autores nacionais, entre eles, Henfil, Ziraldo, Jaguar, Maurício de Souza e Angeli.
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