sábado, 8 de outubro de 2011

Escolha de Mulheres para Prêmio Nobel da Paz é comemorada na Câmara


A escolha da jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman, da presidenta da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, e da militante liberiana Leymah Gbowee para o Prêmio Nobel da Paz de 2011, divulgado nesta sexta-feira (7), foi comemorada pelas deputadas da bancada PT.
O anúncio foi feito em Oslo, capital da Noruega, pelo comitê que outorga o prêmio desde 1901. As vencedoras vão dividir um prêmio de US$ 1,5 milhão, cerca de R$ 2,7 milhões, que será entregue no dia 10 de dezembro em Oslo.
"A premiação ressalta a importância da inclusão da mulher na luta pelos direitos humanos e o reconhecimento do seu papel como promotora da paz no mundo inteiro", afirmou Luci Choinacki (PT-SC).
Para a deputada Érika Kokay (PT-DF), a divisão do Nobel entre duas liberianas e uma iemenita, que travaram uma luta não violenta pela segurança das mulheres e pelos seus direitos a participar dos processos de paz, é o "resgate de um sonho, de mostrar que as mulheres podem tudo, basta ter coragem, capacidade para que as oportunidades sejam construídas".
Além do reconhecimento do trabalho, Benedita da Silva (PT-RJ) aponta a indicação de Ellen Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karman como um "avanço na igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres nos processos de paz".
A deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP) ressaltou o protagonismo da ativista iemenita pró-direitos das mulheres, Tawakkul Karman, na chamada Primavera Árabe, movimento pró-abertura democrática que vem mexendo politicamente com vários países do mundo árabe desde o início do ano.
"Fiquei emocionada com a escolha de mulheres negras, principalmente da ativista Tawakkul, que coloca na história o que a mídia escondeu. Ela teve um papel importante na luta pelos direitos das mulheres, pela democracia e pela paz no Iêmen", destacou.
A escolha de mulheres para o prêmio Nobel 2011, segundo Pietá, aumenta o compromisso da bancada feminina de lutar não só pela inclusão da mulher no Parlamento brasileiro, mas na luta internacional.
Criado há 111 anos, o prêmio Nobel havia agraciado apenas 12 mulheres. A militante ecologista queniana, Wangari Maathai, que morreu em 25 de setembro foi a última mulher a ganhar o prêmio, que neste ano registrou 241 candidaturas de personalidades e organizações.

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