A Esplanada dos Ministérios vai ser mais uma vez "palco" da Marcha das Margaridas, que luta por melhores condições de trabalho e o fim da violência no campo. Com o lema "2011 razões para marchar por: desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, liberdade e igualdade", a IV Marcha pretende reunir cerca de 100 mil mulheres do campo e da floresta nos dias 16 e 17 de agosto, em Brasília. A expectativa da categoria é ser recebida pela presidenta Dilma Rousseff , na quarta-feira e ter uma resposta "positiva" sobre a pauta -com 158 proposições e reivindicações- entregue em julho a seis ministros, entre eles, Luiza Bairros, de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; Iriny Lopes, de Política para as Mulheres e Isabela Teixeira, do Meio Ambiente. A deputada Luci Choinacki (PT-SC), autora do requerimento da sessão solene em homenagem à Marcha das Margaridas, nesta terça (16) às 10h, no plenário da Câmara elogiou à disposição da presidenta Dilma de conversar com as trabalhadoras que reivindicam mais e melhores políticias públicas para o meio rural. "Ao dizer que as mulheres podem, a presidenta Dilma favorece e estimula a luta das mulheres por melhores condições de vida e trabalho. Ela vai se encantar com o movimento", enfatizou. A secretária nacional das Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG e coordenadora geral da IV Marcha, Carmem Foro destacou alguns pontos da pauta de reivindicações entregue ao governo federal. "O modelo agroecológico, a educação não sexista e o combate ao modelo de desenvolvimento atual são alguns itens da pauta. Na verdade, queremos ajudar a pensar os rumos do desenvolvimento e plantar no Palácio do Planalto uma agenda política que seja capaz de combater as desigualdades do País", ressaltou. Programação A concentração das trabalhadoras do campo e da floresta acontece nesta terça (16), em dos cartões postais de Brasília: Parque da Cidade, ao lado do Pavilhão de Exposições. Entre as atividades, oficinas para as trabalhadoras; lançamento da campanha contra agrotóxicos; publicações sobre a Lei Maria da Penha, debates e inauguração da Mostra Nacional da Produção das Margaridas com artesanatos e produtos da agricultura familiar. Do Parque da Cidade, as trabalhadoras seguem em marcha para a Esplanada dos Ministérios. Elas participam de sessão solene na Câmara e da abertura da mostra fotográfica "Mulheres do campo e da floresta tecem novo amanhecer", no Hall da Taquigrafia, com a presença da atriz Letícia Sabatella, da ONG Humanos Direitos. As margaridas prometem fazer um ato político de entrega da pauta de reivindicações aos presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS) e do Senado, José Sarney(PMDB-AP). Marcha Considerada a maior mobilização de trabalhadoras rurais do campo e da floresta brasileira, a Marcha das Margaridas iniciada desde 2000 tem conseguido cada vez mobilizar cada vez mais mulheres. De lá prá cá, a categoria conquistgou alguns benefícios como : manutenção da aposentadoria das mulheres aos 55 anos; obrigatoriedade da titulação conjunta da terra; apoio às mulheres assentadas e políticas de apoio a produção na agricultura familiar. Coordenada pelo Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais composto pela CONTAG (Confederação Nacional de Trabalhadores na Agricultura), 27 federações e mais de quatro mil sindicatos, a Marcha homenageia a trabalhadora rural e líder sindical Margarida Maria Alves, assassinada por usineiros da Paraíba, no dia 12 de agosto de 1983. Com informações da liderança do PT da Câmara e da Contag |
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Reivindicações levam trabalhadoras do campo à Brasília
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