A Campanha Nacional do Desarmamento prossegue em 2012. Parceria entre o Ministério da Justiça e o Banco do Brasil foi renovada durante a semana para o pagamento das indenizações- que variam de R$ 100 a R$ 300,00- por arma recolhida.
O governo federal quer ampliar a rede de coleta de armas, garantir a inutilização imediata do artefato, manter o anonimato para quem faz a entrega e agilizar o pagamento das indenizações.
A iniciativa foi elogiada pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ), integrante da Comissão de Segurança Pública da Câmara. "A continuidade da campanha possibilita uma participação mais atuante da população na entrega das armas".
Beto Oliveira
Bené lembrou o recente episódio envolvendo o jogador Adriano, do Corinthians e a jovem Adriene Cirylo, que admitiu à polícia ter sido a autora do disparo dentro do carro do jogador, que atingiu a sua mão esquerda.
"A arma deve ser usada por pessoa habilitada, treinada, e não por qualquer pessoa. Ela é letal e tem feito muitas vítimas. A minha expectativa é que novas armas sejam recolhidas nesta etapa da Campanha do Desarmamento. Seria um gesto de coragem e de consciência dos brasileiros", afirmou.
Balanço
A campanha- em vigor desde maio- recolheu 36.834 armas e 150.965 munições, e foram pagos R$ 3,5 milhões em indenizações pelos armamentos. O anonimato, na avaliação do Secretário Executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, incentivou a devolução de armas de grande porte, que representaram 20% das armas recolhidas, entre elas, escopetas, metralhadoras e fuzis. "Um fato inédito", segundo ele.
Adesão
Das 27 unidades da Federação, 24 estados e o Distrito Federal já aderiram à Campanha. A rede de coleta conta atualmente com 1.886 postos, localizados em batalhões das Polícias Militar, Civil e Federal, além do Corpo de Bombeiros e das Guardas Municipais.
São Paulo tem o maior número de postos de coleta: 9.994, seguido do Rio Grande do Sul com 4.599, Rio de Janeiro, 3.918 e Minas Gerais, 3.033.
Cerca de 570 mil armas foram recolhidas na primeira etapa da Campanha Nacional do Desarmamento, em 2004, e 500 mil armas regularizadas, em 2008, segundo o Ministério da Justiça.