A simplicidade e a determinação têm sido as principais características da ex-vereadora, deputada federal (PT-RS) licenciada, e ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes. No último sábado (31), a ministra foi eleita uma das 100 personalidades do ano pelo jornal El País, da Espanha.
Foto: Elza Fiúza (ABr)
Foto: Elza Fiúza (ABr)
A notícia foi comemorada pela coordenadora da bancada feminina na Câmara, Janete Rocha Pietá (PT-SP), e pelo deputado Edson Santos (PT-RJ), que integra a Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
Os dois parlamentares elogiaram "o belo trabalho de articulação" de Maria do Rosário, na votação do projeto de lei que cria a Comissão Nacional da Verdade, que vai apurar violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988.
"A maneira como foi conduzida no Congresso, a Comissão Nacional da Verdade, sem traumas, e como foi sancionada a lei pela presidenta Dilma Rousseff, por si só, justificaria a indicação da ministra Maria do Rosário pelo jornal El País. Prêmio merecido também pela sua dedicação à causa dos direitos humanos, das crianças e dos adolescentes, das minorias, e do lançamento do primeiro selo Brasil Território Livre da Homofobia, no ano passado, em São Paulo", destacaram.
O perfil de Maria do Rosário foi escrito pelo ex-presidente Lula, que elogiou sua "sólida carreira parlamentar ao longo dos anos e como ministra dedicada a causas nobres: os direitos humanos para todas as pessoas, em especial as mais necessitadas."
Outras personalidades foram destacadas pelo jornal espanhol, além da ministra brasileira: a presidenta Cristina Kirchner, da Argentina, o presidente Ollanta Humala, do Peru, Iker Casillas, goleiro da seleção espanhola e Nicanor Parra, poeta chileno de 97 anos, ganhador do Prêmio Cervantes, em 2011.
Propostas
Além da Comissão da Verdade, Maria do Rosário pediu, ao assumir a pasta, em janeiro de 2011, que o Congresso aprovasse a proposta de emenda à Constituição do Trabalho Escravo, que prevê a expropriação e a destinação para a reforma agrária de todas as terras onde a prática seja encontrada.
A PEC 438/01, do Trabalho Escravo, tramita há mais de dez anos na Câmara dos Deputados. A matéria foi votada em primeiro turno na Casa, mas precisa passar por uma segunda discussão. Se for alterada, a proposta volta ao Senado para nova apreciação.
Dados do Ministério do Trabalho apontam mais de 2,6 mil trabalhadores resgatados de regimes de trabalho análogos à escravidão, em 2010.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
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