A comissão organizadora está acertando os últimos detalhes para a programação do Dia Internacional da Mulher na Câmara. O tema da campanha será os "80 anos da Conquista do Voto Feminino-Mulher no Poder".
Além da sessão conjunta do Congresso Nacional para discutir o tema com as ministras do governo Dilma, e da ministra do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon, a bancada feminina pretende realizar um seminário, ambos, no dia 6 de março.
Na avaliação da deputada Dalva Figueiredo (PT-AP), "precisamos fazer uma profunda reflexão das conquistas, dos avanços e da participação feminina na política brasileira, além de lutarmos por uma Reforma Política com alternância de gênero e paridade".
A importância do voto feminino no Brasil é unanimidade entre as petistas. Segundo a deputada Fátima Bezerra (RN), "o voto feminino foi uma das mais importantes conquistas no plano da cidadania política das mulheres, mas o desafio continua. As mulheres precisam ter o direito de votar, de serem votadas e eleitas. A Reforma Política é a ferramenta mais adequada para tornarmos essa disputa política eleitoral menos injusta e contaminada pelo poder econômico e do fisiologismo", argumentou.
Apesar do direito de cidadania concedido à mulher brasileira com o voto, a deputada Erika Kokay (DF) lembrou que a representatividade ainda é pequena no Parlamento Brasileiro. "Somos 8,7% mulheres, na Câmara dos Deputados, inferior à média dos países árabes. Queremos o poder, não o poder contra os homens, mas o poder de sermos nós mesmas. O poder de estarmos em todos os lugares que o ser humano possa estar como dizia a escritora Simone de Beauvoir, esposa do filósofo Jean Paul Sartre. Queremos o poder de termos o microfone e a caneta, sem abrirmos mão do batom", destacou.
A bancada feminina já está negociando com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP), a votação de projetos relacionados ao gênero e que estão prontos para a pauta, entre eles, o Projeto de Lei 6653/09, que cria mecanismos para garantir a igualdade entre homens e mulheres e para coibir as práticas discriminatórias nas relações de trabalho urbano e rural, e a proposta de emenda à Constituição (PEC 30/07), da senadora Angela Portela (PT-RR), que prevê 180 dias de licença gestante.
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