A deputada Erika Kokay (PT-DF),
vice-presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal promete
se empenhar para que a campanha "Quem Financia a Baixaria é contra a
Cidadania", criada em 2002, pelo colegiado, em parceria com entidades da
sociedade civil, volte com força total.
O último
balanço da campanha aconteceu em 2010. O programa Pânico na TV, que era
veiculado pela emissora Rede TV e passou a ser transmitido pela Band, liderou o
ranking de reclamações de telespectadores. Das 892 denúncias feitas à campanha,
113 foram sobre o programa. Entre as reclamações do público, destacam-se: a
exposição de pessoas ao ridículo, humor grotesco, excesso de nudez e palavras
de baixo calão.
Por falar no
Pânico, a deputada petista e o Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos
Direitos Humanos, entraram nesta quinta (24) com representação junto ao
Ministério Público Federal (MPF), solicitando a retirado do ar de dois quadros
do programa: Academia das Panicats e Maior Arregão do Mundo. A representação
foi entregue ao subprocurador-geral da República, Aurélio Veiga Rios e será
encaminhada à Procuradoria Regional da República do Estado de São Paulo, que
vai decidir o caso.
"O
programa naturaliza a violência e associa a diversão, o entretenimento e o riso
ao constrangimento e a humilhação. Ele deseduca e coloca as mulheres em uma
situação subalterna. Isso afronta o princípio constitucional da dignidade
humana, no momento em que vivemos a centralização em relação ao outro", disse Erika Kokay.
Entre os casos
mais recentes divulgados no programa estão da "panicat" Babi que teve os cabelos
raspados ao vivo; de uma bailarina submetida a sessões de choques enquanto
simulava a gravação de um comercial, além de um funcionário da emissora que
mesmo com dor segurava um prego enquanto outro participante tentava bater com o
martelo.
Diante disso,
só nos resta, denunciar!
Foto: Alexandra Martins (CD)